REPETIÇÃO E OBSERVAÇÕES – Hermenêutica

SALMO 6 – Esboços de Salmos
22/09/2016
SALMO 7 – Esboços de Salmos
23/09/2016

REPETIÇÃO  E  OBSERVAÇÕES – Hermenêutica

Repetindo e resumindo algo do que foi dito nas lições anteriores, convém que nos recordemos e sempre tenhamos presente:

1° – Que o primeiro requisito para o bom entendimento das Escrituras é um espírito de discípulo humilde. Tanto é assim, que uma pessoa comparativamente ignorante, que humildemente invoca a luz do Espírito de Deus no estudo da Bíblia, conseguirá conhecimentos bíblicos exatos com mais facilidade do que um homem de talento e sabedoria humana que, preocupado e carecendo do espírito de discípulo, empreende seu estudo. Numerosos exemplos apóiam esta verdade.

2° – Que as grandes doutrinas e princípios do Cristianismo estão expostos com clareza nas Escrituras.

3° – Que, por conseguinte e em realidade, só se invocam as regras de interpretação para conseguir o significado verdadeiro dos pontos obscuros e de difícil compreensão.

4° – Que, apesar disso, d de grande importância que até o cristão mais humilde tenha alguma idéia de tais regras e de sua aplicação, porquanto é seu dever aprofundar-se nas Escrituras, confirmar-se em suas verdades e familiarizar-se com elas para seu próprio proveito e para poder iluminar aos que as contradizem.

5° – Para conhecer o sentido inato da Bíblia, ela mesma deve ser sua própria intérprete.

6° – Que o verdadeiro sentido de seus textos é conseguido pelo significado de suas palavras, e que assim, pela aquisição do verdadeiro sentido das palavras, se consegue o verdadeiro sentido de seus textos.

7° – Que não se deve esquecer por um momento que o significado das palavras está determinado pela peculiaridade e uso da linguagem bíblica, devendo-se, portanto, buscar o conhecimento do sentido em que se usam as palavras antes de tudo na própria Bíblia.

8° – Que as palavras devem ser tomadas no sentido que comumente possuem, se este sentido não estiver manifestamente contrário a outras palavras da frase em que ocorrem, com o contexto e com outras partes das Escrituras.

9° – Que, no caso de haver uma palavra com significado diferente, oferecendo-se assim ou de outro modo um ponto obscuro, recorra-se às regras acima citadas para se conseguir o sentido exato que intentava o escritor inspirado, ou melhor, o próprio Espírito de Deus.

10° – Que, à parte da correta interpretação de passagens e textos separados quanto às doutrinas, estas só são bíblicas e exatas quando expressam tudo quanto dizem as Escrituras em relação a elas.

Ao averiguar, pois, qual seja o verdadeiro significado de uma passagem da Escritura, é preciso que perguntemos:

1º – Qual d o significado de suas palavras?

Se não têm mais significado, estamos de imediato esclarecidos: possuímos já o verdadeiro sentido. Porém se há alguma que tem mais de um sentido, perguntemos:

2º – Que sentido requer o restante da frase?

Só em resposta encontramos dois ou três sentidos, perguntemos:

3º – Qual é o sentido que requer o contexto para que tenha um sentido harmônico toda a passagem?

Se ainda couber dar-lhe mais de um sentido, perguntemos:

4º – Qual é o sentido que requer o desígnio ou objetivo geral da passagem ou livro em que se encontra?

E se a todas estas perguntas se oferece ainda mais de uma resposta, perguntemos:

5º – Qual é o sentido que requerem outras passagens das Escrituras?

Se, por acaso, em resposta a tantas averiguaç6es, ainda fosse possível encontrar mais de um significado nalguma palavra da passagem, podem considerar-se verdadeiros ambos os significados ou ambas as interpretações, devendo-se, por certo, preferir a que mais condições reúna para ser aceita como verdadeira.

Repetimos que o procedimento acima indicado e as regras aqui estampadas são tão justas quanto necessárias, não somente para a interpretação de todo tipo de linguagem da Escritura, como para o reto entendimento e interpretação de toda linguagem ou documento de uso na vida ordinária.

 

PERGUNTAS

  1. Qual é o principal requisito para compreender a Sagrada Escritura?
  2. Como estão expressos os grandes princípios do Cristianismo nas Escrituras?
  3. Quando é que são úteis as regras de interpretação?
  4. Por que convém que todo cristão tenha idéias da correta interpretação das Escrituras?
  5. Quem é o intérprete fundamental da Bíblia?
  6. Como se consegue o verdadeiro sentido de seus textos?
  7. Em que livro se busca o sentido das palavras bíblicas?
  8. Em que sentido se devem tomar geralmente as palavras?
  9. Como se procede quando uma palavra tem vários sentidos?
  10. Quando é que uma determinada doutrina é de todo bíblica?
  11. Para averiguar qual seja o verdadeiro sentido de uma passagem, que perguntas devemos formular-nos? Expliquem-se todas.

 

Pr.Raul
Pr.Raul
Pastor do Ministério Nascido de Novo e coordenador do Seminário Teológico Nascido de Novo, Youtuber e marido da Irmã Vanessa Ângelo.

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