30 Jesus disse ainda: “Como posso descrever o reino de Deus? Que comparação devo usar para ilustrá-lo? 31 É como uma semente de mostarda plantada na terra. É a menor das sementes, 32 mas se torna a maior de todas as hortaliças, com ramos tão grandes que as aves fazem ninhos à sua sombra”. Marcos 4.30-32
Nesta parábola há duas imagens que qualquer judeu deve ter reconhecido imediatamente.
Em primeiro lugar, na Palestina o grão de mostarda representava simbolicamente a coisa de menor tamanho concebível.
Por exemplo, “ter fé como um grão de mostarda” significava “ter tão pouca fé que menos seria impossível”.
Na Palestina este grão de mostarda crescia até ser um arbusto frondoso, muito parecido a uma árvore. Um viajante nos conta ter visto pessoalmente uma árvore de mostarda mais alta que um homem a cavalo.
As aves gostavam muito das pequenas sementes negras da mostarda e era muito comum ver verdadeiras nuvens de pássaros em cima das plantas de mostarda.
Em segundo lugar, no Antigo Testamento uma das formas mais comuns de referir-se graficamente a um grande império era compará-lo a uma árvore, e se dizia que as nações satélites do grande império eram como aves que procuravam refúgio à sombra de seus ramos (Ezequiel 17:22ss.; 31:1ss.; Daniel 4:10,21).
A imagem de uma árvore cujos ramos estão carregados de aves, portanto, representam a um grande império e as nações tributárias de seu poderio.
1- Esta parábola nos diz que nunca nos devem desanimar os começos humildes.
Pode nos parecer que, nesse momento, somente poderemos produzir efeitos insignificantes; mas se esse efeito insignificante se repete, e se volta a repetir, virá a ter significado.
Há uma experiência científica que demonstra o efeito das tinturas. Toma um grande recipiente de água pura e uma pequena garrafa de tintura.
A tintura se adiciona à água, gota a gota.
A princípio pareceria que o efeito do corante não influíra na água.
Mas depois de haver-se somado muitas gotas começamos a perceber que a grande massa de líquido transparente começa a tingir-se, até que a totalidade adquire a tintura procurada.
É o efeito repetido das gotas que produziu esse resultado.
Muitas vezes sentimos que pelo pouco que somos capazes de fazer quase nem vale a pena que o façamos.
Mas devemos recordar que alguém deve começar as coisas; tudo começou alguma vez. Nada aparece na plenitude de seu desenvolvimento. Nosso dever é fazer o que pudermos; e o efeito acumulado de todos os esforços pequenos pode chegar a produzir resultados surpreendentes.
2- Esta parábola nos fala do Império da Igreja.
A árvore e as aves, como vimos, representam ao grande império e a todas as nações que procuram refúgio nele. A Igreja começou com um indivíduo, mas terminará abrangendo o mundo inteiro.
Há dois sentidos em que se pode afirmar que isto é verdade.
a- A Igreja é um império no qual podem encontrar seu lugar todas os tipos de opiniões e de teologias. Temos a tendência de classificar como herege a todo aquele que não pensa como nós.
João Wesley foi o maior exemplo de tolerância no mundo. “Pensamos”, disse, “e deixamos pensar.” “Não tenho direito algum”, disse, “de objetar as idéias daquele que pensa de maneira diversa à minha, do mesmo modo como não posso qualificar de ridículo o homem que usa uma peruca enquanto eu uso meu próprio cabelo.
” Wesley saudava quem lhe saía ao passo dizendo: “Seu coração é como o meu? Então, me dê a mão!” É bom ter a segurança de estar no correto, mas isso não significa que devamos pensar que todos os outros, que não pensam como nós, estão equivocados.
b- A Igreja é um império no qual se encontram todas as nações.
Uma vez se estava construindo “um novo templo.
Uma de suas características era que teria um grande vitral de riquíssimas cores.
A comissão que estava a cargo da construção procurou durante muito tempo um texto para esse vitral, até que finalmente decidiram usar aquelas linhas de um hino que dizem: “Ao redor do trono celestial do Pai milhares de seus filhos cantam…”
Contrataram um grande artista para que desenhasse o modelo do qual se copiaria o vitral.
O artista ficou trabalhando no encargo e terminou amando profundamente sua obra. Quando terminou o desenho, fatigado, foi dormir.
Mas durante a noite pareceu-lhe que ouviu ruídos; pareceu-lhe, possivelmente em sonhos, que tinha levantado e ido até seu estúdio para ver do que se tratava.
Ali encontrou um homem que tinha a paleta em uma mão, um pincel na outra, e estava retocando o quadro.
“Pare, arruinará minha obra”, disse-lhe o pintor. “Penso”, respondeu o estranho, “que você já quase a arruinou.” “O que quer dizer?”, perguntou intrigado o artista.
“Pois bem, em sua paleta você tem muitas cores, mas usou somente um para pintar os rostos destes meninos. Quem lhe disse que no céu há somente meninos de rosto branco?”
“Ninguém, simplesmente me ocorreu que seria assim.”
“Olhe”, disse o estranho, “farei que alguns dos rostos sejam amarelos, e outros castanhos, e outros negros, e outros avermelhados; todos estes estão lá, pois todos responderam a meu chamado.”
“Seu chamado?”, disse o artista.
“Quem é você?” “Uma vez, faz muito tempo”, disse o estranho sorrindo, “eu disse: Deixem que os meninos venham a mim, não os impeçam, porque deles é o Reino dos céus… e ainda hoje prossigo dizendo.”
E o artista soube que o estranho era o Senhor em pessoa.
No momento que soube, sua presença se desvaneceu.
O quadro era muito mais formoso agora, com os rostos de pequenos negrinhos, de meninos orientais com os olhos amendoados e a pele amarela, avermelhados índios da América e árabes com a pele queimada pelo Sol e a areia.
E também alguns meninos brancos.
Pela manhã, quando o artista despertou de seu longo sonho, foi correndo ao estúdio para ver novamente sua obra.
Estava tal qual ele a tinha deixado ao dá-la por concluída.
O encontro com o Mestre tinha sido uma visão e um sonho.
Mesmo que esse mesmo dia a comissão viria para ver o resultado de seu encargo, tomou a paleta e os pincéis, e energicamente ficou pintando os rostos de distintas cores, representando todas as raças de todos os meninos que há no mundo.
Quando finalmente chegaram seus visitantes opinaram que a obra era muito bela, e um dos membros do grupo disse: “É a grande família de Deus com seu Pai.”
A Igreja é a família de Deus; e essa Igreja que começou na Palestina, pequena como a semente da mostarda, tem suficiente lugar para que entrem nela todas as nações da Terra.
Não há barreiras na Igreja de Deus.
O homem levantou as barreiras. Deus, em Cristo, destruiu-as.
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