A Apologética e suas bases legais

Olá irmãos, Graça e Paz!
Tudo bem?

Como disse no outro artigo, a apologética sempre foi uma parte da teologia que foi negligenciada e que tal quadro permanece em nossos dias.

Muitas indagações são feitas a fim de trazer uma resposta satisfatória, porém, o que podemos “rastrear” sobre isso são pequenos farelos deixados na história da igreja, onde talvez o mais desatento passe despercebido por tais fatos. Porém, neste artigo não quero trazer um resumo histórico desse problema (de nada adiantaria, pois, o tempo já se passou), mas quero trazer uma análise da apologética em nossos dias e no que ela se baseia.

A Apologética se baseia primordialmente nas Escrituras

Como citado no artigo anterior, a apologética é a área da teologia que visa defender a fé cristã dos ataques externos (ateus, agnósticos, maçons, TJ´s) e dos ataques internos (adeptos da Teologia da Prosperidade, Teologia da Missão Integral, “unções” extra bíblicas), com base naquilo que a Bíblia declara como verdade.
Assim sendo, a bíblia para um apologista é tão importante para seu trabalho, como a madeira é para um carpinteiro – trabalhamos com a mais sublime matéria-prima: A Santa Palavra de Deus! É por ela e para ela que existimos e defendemos a fé cristã.

A Apologética se baseia na Ética

Antes de prosseguir, permita-me definir o conceito de ética: ética é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

Com base no que lemos acima, vemos que a ética é um elemento necessário para a organização e a harmonia da sociedade. Nós como cristãos devemos ser exemplo em todos aspectos, a fim de que Cristo seja glorificado através de nós.

A Apologética se baseia na Constituição

Pelo fato de morarmos num país laico, os cristãos em geral e principalmente os apologistas gozam da liberdade de expor suas crenças, opiniões, divergir de sacerdotes, ministros, denominações ou religiões no seu sentido mais amplo.

Esta liberdade é garantida pelas seguintes leis:

Artigo 5º da Constituição Federal
“VI– É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII– É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII– Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; ”

Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU)
Artigo XVIII- Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.

Com base nas leis e tratados acima, vemos que o trabalho apologético, mesmo que muitas vezes seja visto como algo que viole a laicidade do Estado, é algo por ele amparado, protegido e estimulado. A única coisa que o apologista deve evitar é que o debate saia do campo das ideias e vá para o ataque pessoal ou que vire ofensas gratuitas.

O Apologista e a “geração mi-mi-mi”

Atualmente, qualquer opinião que gere discordância nos opositores (sejam políticos, ideológicos, religiosos, etc) é automaticamente taxada com algum “ismo”- e se não existe, eles criam! (risos)

O resultado do analfabetismo bíblico de muitos que se declaram cristãos, somado com a ética relativista da “geração mi-mi-mi”, onde “tudo é liberado, porém é proibido se meu grupo discorda” e atrelado às tentativas de alguns grupos de calar a igreja através de pressão social e projetos de leis, são fatores que cooperam com o empobrecimento da apologética em terras tupiniquins.

Concluo este texto conclamando e orando por você para que seja mais um dos que não se dobrará diante do politicamente correto, que teme ao Senhor (e a Sua Palavra) e que por amar o próximo como a você mesmo, deseja mostrar a verdade do Evangelho aos sectários que carecem da Graça de Deus. Que Deus nos capacite para cumprir o Seu “ide” no campo das seitas e heresias.

Ainda que leis venham proibir a propagação do Evangelho, ainda que toda sociedade se oponha contra nós, prossigamos orientados naquilo que a Palavra diz: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. ” Atos 5.29

Graça e Paz!

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