3 – A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS – Cristologia

1 e 2 – CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” – Cristologia
23/08/2015
URGENTE – A perseguição religiosa atinge o Brasil
25/08/2015

3 – A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS – Cristologia

3.1. Conceitos de Cristificação

Christos em grego é “ungido”, de epichriô, “ungir, “untar”. A ilustração utilizada pelo Educador em Teologia Expedito Nogueira Marinho bem se adeqúa a essa etimologia: quando cai sobre uma folha de papel uma gota de azeite, esse papel ou qualquer outra substância porosa fica ungida ou permeada pelo óleo ao ponto de parecer ambos a mesma coisa, porque tanto o azeite está no papel como o papel está no azeite, de forma que ambos não podem serem vistos separadamente.

Por “cristificação”, entende-se o ato ou efeito de o homem Jesus de Nazaré (de fato, pessoa humana) ser permeado pelo “Cristo”. Para isso ocorrer Jesus teve que ser efetivamente homem. Entretanto, é preciso ponderar que apesar de Jesus ter nascido, crescido, trabalhado, sofrido como ser humano, não viveu como todo indivíduo. O nosso Senhor não era o tipo de homem como os outros homens. Essa análise deve ser feita para não se cair nos extremismos: uns elevam Jesus, a tal ponto de perder a sua humanidade como faziam os docéticos do passado; outros diminuem Jesus a tal ponto de confundi-lo com um mero ser humano qualquer.

A. Ser Filho do Homem: Requisito Para Ser Cristificado. O primeiro requisito para Jesus de Nazaré ser cristificado foi o fato de ele não ser um homem do tipo que toda a raça humana é. Ele foi o único homem 100% humano, enquanto o restante dos seres humanos são apenas semi-humanos. Por isso mesmo, enquanto Se manifestou em carne aos homens, Ele preferia Se auto-entitular “O Filho do Homem”. Nosso Senhor não se denominou como filho de homem, mas sim Filho do homem, o que significa ser ele filho de uma geração 100% hominal. Ele foi gerado de modo diferente do restante da humanidade.

O título Filho do Homem freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo, lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre somente no NT e com exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em Ezequiel (por toda a extensão do livro), a frase é empregada por Deus 91 vezes. Segundo o Dr. Allmen, em seu Vocabulário Bíblico citado por Tasker a expressão “Filho do Homem” (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica mais corrente. Esse é o motivo porque um exame dos textos evangélicos permite, quase sem possibilidade de erro, preferir que ao designar-se “Filho do homem” o Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança judaica do “Homem dos últimos tempos”, conforme lemos em Rm 5.12-21; 1 Co 15.22, 45, 47; e 2. 5-11). R.V.G. Tasker Professor Emérito de Exegese do Novo Testamento na Universidade de Londres em sua obra Mateus – Introdução e Comentário, defende a idéia de que Cristo apartou para si o título em foco porque o termo expressava melhor do que qualquer outro vocábulo os dois lados da sua natureza. Por um lado, chamava a atenção para as limitações e sofrimentos a que ele estava por necessidade sujeito durante a sua existência terrena; como homem real (sendo que o hebraico, “filho do homem” equivale a “homem”) esteve abaixo dos anjos, conforme Hb 2.6,7. Por outro lado. Também sugeria a sua transcendência, que se veria em toda a sua glória quando os homens vissem o Filho do homem vindo para juízo nas nuvens do céu e reivindicando os seus direitos de propriedade sobre todos os reinos de acordo com o vaticínio do profeta Daniel (Dn 7.13,14).

B. Jesus de Nazaré Pôde ser Cristificado Porque Também é o Filho de Deus. Para os teólogos católicos Juan Mateos e Juan Barreto, na obra Vocabulário Teológico do Evangelho de São João, a terminologia “Filho do homem” indica a condição humana realizada nele com excelência, plenitude e unicidade que o constitui em modelo de homem, o vértice da humanidade. Em outro momento da obra, apesar de os autores recomendarem cautela ao interpretar essa expressão. Admitem que “Homem” acompanhado do artigo definido “o” no Evangelho segundo escreveu João, ou seja, “O homem” (o Filho do homem) aparece no texto joanino doze vezes: 1.51; 3.13,14; 6.27,53,62; 8.28; 9.35; 12.12,34; 13.31. A passagem mais destacável é Jo 6.27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo” (grifo nosso). Aqui o Filho do homem, distingui-se dos outros homens por estar marcado com o selo de Deus. Este selo é O Espírito, que recebeu em plenitude, conforme Jo 1.32,33.

Ora, a visão de João Batista que descreve a descida do Espírito Santo é a explicação em forma de narrativa da afirmação teológica de Jo 1.14: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. A glória identifica-se com o Espírito e sua comunicação se realiza e caracteriza o projeto de Deus feito homem (vemos que em Jo 1.1c “um” Deus era o projeto. O filho do Homem significa pois nos lábios de Jesus, sua própria humanidade que possui a plenitude do espírito, o projeto divino sobre o homem realizado nele, o modelo de homem, o ‘vértice humano. É a realidade de Jesus vista desde baixo, desde sua raiz humanam, que se ergue até à absoluta realização pela comunicação do Espírito. O seu correlativo é o título “o Filho de Deus”, que significa a mesma realidade vista de cima, desde de Deus, designado o que é totalmente semelhante a ele e possui a condição divina.

Nessa linha de análise, a expressão “o Filho de Deus” designa Jesus como o que possui a plenitude do Espírito de Deus, denotando a relação particular e exclusiva que Jesus tem com o Pai. a expressão encontra-se pela primeira vez nos lábios de João Batista, expressando o efeito da descida do Espírito sobre Jesus,

conforme Jo 1.32-34. A esta consagração com o Espírito o próprio Jesus associa a sua qualidade de Filho de Deus, consoante Jo 10.36. A condição de Filho de Deus, unidade à de Messias, constitui a profissão de fé da comunidade cristã. Logo, Jesus de Nazaré pôde ser cristificado porque também é o Filho de Deus.
3.2. O Tipo de Fecundação que Formou o Corpo do Senhor Jesus Cristo

Como já discorri anteriormente Jesus de Nazaré não se auto-intitulou como filho de homem, mas sim Filho do homem, o que denota ser ele filho de uma geração 100% hominal. Para se entender isso é preciso distinguir a forma comum com que a espécie humana é gerada e o modo sobrenatural pelo qual “o Verbo se fez carne”.

A. Geração Natural. Fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado – a penetração de um espermatozóide em um óvulo. Nesse sentido, fecundar é comunicar a (um germe) o princípio, a causa imediata do seu desenvolvimento; é conceber, gerar alguém. Poucas maravilhas da natureza podem ser comparadas ao mágico instante da concepção da vida humana. O encontro entre o óvulo e o espermatozóide e marcado na Trompa de Falópio. Lá o óvulo, em repouso, espera pacientemente a chegada de um espermatozóide para ser fecundado e posteriormente tornar-se um bebê.

O milagre da criação natural deve ocorrer dentro de 24 horas, caso contrário como declara a escritora Déborah Fonseca “tudo se resumirá a um rio de sangue”, com a chegada da menstruação. De outro lado, bem próximo, no momento do orgasmo masculino cerca de 400 milhões de espermatozóides são liberados e partem em ritmo alucinado para fazer cumprir sua missão de criar um novo ser humano,. Alguns podem levar horas até percorrerem os 18 centímetros entre a vagina e as trompas. Os mais afoitos, porém, conseguem chegar em questão de segundos. Há ainda outros, sem a mesma sorte, que acabam ficando pelo caminho presos nas cavidades do útero. Apenas um pequeno grupo vence todos os obstáculos e chega próximo ao óvulo. Sem hesitar um só instante, um dos espermatozóides se adianta aos outros e penetra o óvulo. Imediatamente, a composição química do óvulo se altera e impede a passagem de outros. É o fim desta incrível jornada e o início de uma nova vida. Glória ao Criador!

A forma pela qual a raça humana é fecundada é a hiloplasmática. O prefixo “hilo” vem do vocábulo “hily” que significa matéria; e “plasmática” origina-se de “plasmar” que quer dizer “formar”. Essa análise etimológica nos leva a concluir que um corpo “hilo-gerado” é um corpo gerado pela matéria. Entende-se por matéria nesse contexto substância física, ou com mais aprofundamento, pelo ponto de vista filosófico da expressão, o que dá realidade concreta a uma coisa individual, que é o objeto de intuição no espaço e dotado de uma massa mecânica. Como vimos acima a forma com que uma pessoa é gerada é um estupendo milagre. Mas, por mais maravilhoso (e não deixa de ser um milagre) que seja nosso Senhor Jesus teve uma geração muito mais maravilhosa que essa, como veremos adiante.

B. Geração Sobrenatural. Se a produção de um ser humano natural já é estupenda e miraculosa, muito mais nos deixa estupefatos a forma com que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. É o chamado milagre da regressão, que o Apóstolo Paulo bem descreveu de um modo até poético aos crentes em Filipos, quando expôs a profunda doutrina da necessidade de o cristão manter-se

humildade em seu coração à semelhança de “Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fp 2.5-8).

Como expus anteriormente a fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado – no caso natural ocorre com a penetração de um espermatozóide em um óvulo, comunicando-lhe a causa imediata do seu desenvolvimento. Mas o nosso Senhor Jesus não foi fecundado pelo modo hiloplasmático como comentei anteriormente. Sua geração foi bioplasmática. Analisemos a etimologia do termo “bioplasmática”. A palavra “bios” em grego é “vida” e relembrando o sufixo “plasmática” vem de “plasmar” que quer dizer “formar”. Significa dizer que um corpo “bioplasmático” é um corpo formado pela vida. Logo, Jesus foi gerado pela vida.
A geração bioplasmática por certo fora a maneira com qual Deus planejara a procriação da espécie humana a partir de Adão, entretanto, tal plano foi frustrado pelo fato de o primeiro homem não ser aprovado no teste de fidelidade aplicado pelo Senhor. O pecado interrompeu o projeto de procriação pela vida planejado pelo Criador. Em contra partida, Jeová pôde executar o seu plano de geração do ser através da encarnação do Verbo divino. O Filho de Deus não foi gerado pela matéria, por isso, pôde se auto-entitular de Filho do Homem. Jesus de Nazaré foi o maior homem que já pisou a face da Terra.

Talvez a idéia acima fique estranha ao leitor apressado da Bíblia que lendo o Santo Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu São Lucas vê a própria declaração de Jesus acerca de um profeta “… entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista” (Lc 7.28). Jesus sabia que Ele próprio era o maior ser humano da face da terra (o único 100% homem), mas também tinha consciência que não tinha provindo a carne de Maria e muito menos de José. Conforme vemos em Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. Falando de modo reverente, Gabriel diz que o Espírito Santo descerá sobre Maria e que o poder do Altíssimo a envolvera.

Alguns exegetas esclarecem essa passagem bíblica de modo peculiar. Leon Morris ensina que esta expressão delicada exclui idéias grosseiras de uma “união” entre o Espírito Santo com Maria. Gabriel deixa claro que a concepção de Maria será o resultado de uma atividade divina. Por causa disso, o filho a ser nascido seria “santo… o Filho de Deus”. A nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém esclarece que a expressão “o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” evoca, seja nuvem luminosa de Jeová, conforme Ex 13.22, 19.16, 24.16), seja as asas do pássaro que simbolizam o poder protetor (Sl 17.8; 57.2; 140.8) e criador (Gn 1.2) de Deus. Merril Tenney assevera que em contraste com as lendas pagãs da antigüidade relacionadas com reputada descendência de deuses homens, não houve nenhuma intervenção física. O Espírito Santo, por meio de uma ato criador no corpo de Maria, providenciou os meios físicos para a encarnação. O teólogo E. F. Kevan ensina que o Espírito Santo desceu sobre a virgem Maria em Sua capacidade como poder criativo de Deus, conforme Gn 1.2, a encarnação foi o começo de uma nova criação. O “poder do Altíssimo” cobriu-a livre de toda a mancha do pecado. Ainda que verdadeiramente da raça de Adão, Jesus no entanto nasceu como Cabeça, sem pecado, de uma nova raça. As palavras de Gabriel: “Será chamado Filho de Deus”, dão base à filiação divina do filho de Maria quando de Sua concepção pelo Espírito divino. Isso não implica, nem tão pouco exclui a sua preexistência. Seu resultado é visto na consciência da paternidade de Deus que

Jesus possuía desde Seus anos primordiais. Portanto, o homem Jesus não fora gerado pela matéria, mas sim, pela vida. Não foi contaminado com o elemento pecaminoso que havia em Maria.

Por outro lado, os homens naturais são “gerados pela carne e pelo sangue”, por isso são mortais como todo animal, mas, o Senhor Jesus possuía em si a imortalidade. Prova disso foi o que Ele mesmo revelou acerca dessa verdade: “…dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). Somente tem legitimidade para falar dessa maneira quem possui em si a imortalidade. Isso corrobora a verdade de que Jesus foi gerado de um modo 100% humano e 0% animal, em função disso, ele intitula a si mesmo de “O filho do Homem”.
3.3. A Natureza Humana de Cristo

1. Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8).

2. Feito da Semente de Davi:

o Sem (Gn.9:27). o Abraão (Gn.12:1-3). o Isaque (Gn.26:2-5). o Jacó (Gn.28:13-15). o Judá (Gn.49:10). o Davi (IISm.7:12-16).

Crescimento e Desenvolvimento Naturais

1. Vigor Físico (Lc.2:52).

2. Faculdades Mentais (Lc.2:40).

Aparência Pessoal (Jo 4:9).

Natureza Humana Completa

1. Corpo (Mt.26:12).

2. Alma (Mt.26:38).

3. Espirito (Lc.23:46).

Limitações Humanas

1. Limitações Físicas:

o Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28). o Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5). o Fome (Mt.21:18). o Sede (Jo.19:28). o Sofrimento e Dor (Lc.22:44). o Sujeição à Morte (ICo.15:3).

2. Limitações Intelectuais:

o Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52). o Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc. 11:13). o Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).

3. Limitações Morais (Hb.2:18;4:15).

4. Limitações Espirituais:

o Dependia das Oraçes (Mc.1:35). o Dependia do Espirito Santo (At.10:38; Mt.12:28).

Nomes Humanos

1. Jesus (Mt.1:21).

2. Filho do Homem (Lc.19:10).

3. O Nazareno (At.2:22).

4. O Profeta (Mt.21:11).

5. O Carpinteiro (Mc.6:3).

6. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).

Relação Humana com Deus

1. Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34).

2. Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve autoextinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espirito Santo.
3.4. A Natureza Divina de Cristo

Nomes Divinos

1. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8).

2. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36;

3. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6).

4. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9).

5. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18).

6. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).

7. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10).

8. Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo “Senhor” em grego é Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e somente à eles era permitido aplicar este

título, no sentido de divindade (At.2:36; IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap. 19:16).

Pelo Culto Divino que lhe é Atribuído

1. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10).

2. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).

3. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11).

4. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo. 12:8-10).

Pelos Ofícios Divinos que lhe Foram Atribuídos

1. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16).

2. Preservador (Cl.1:17).

3. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).

4. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl. 118:22; Nm.21:6,7 com ICo. 10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl. 102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2).

Pela Associação de Jesus, o Filho, com o Nome de Deus Pai (IICo. 13:14;

ICo. 12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3;

Mt.28:19).
3.5. Atributos Divinos que lhe são Atribuídos

Atributos Naturais

1. Onisciência (Jo.1:47-51; 4:16-19,29; 6:64; 16:30; 8:55; Jo.10:15; 21:6,17; Mt. 11:27; 12:25; 17:27; Cl.2:3).

2. Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).

3. Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8).

4. Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).

5. Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).

6. Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).

7. Auto-Existência (Jo.1:1,2).

8. Espiritualidade (IICo.3:17,18).

Atributos Morais

1. Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).

2. Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).

3. Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).

3.6. Títulos Dados Igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo

1. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr. 17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc. 12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20).

2. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).

3. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).

4. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc. 1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).

5. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).

6. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5).

7. Senhor: Deus Pai (Mt. 11:25;21:9;22:37; Mc. 11:9;12:29; Rm.10:12;

Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At. 10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).

8. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).

9. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os. 13:4), Jesus Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18).

10. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt. 1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6).

11. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).

12. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).

13. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).

14. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).

15. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58).

16. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).

17. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).

18. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).

3.7. Obras Atribuídas Igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo

1. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl. 146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At. 14:15; 17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).

2. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)

3. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef. 1:20), Jesus Cristo

(Jo.2:19;10:18).

4. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo. 1:9;4:14), Jesus Cristo

5. (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21).

6. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).
3.8. A Unipersonalidade de Jesus Cristo

Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ou Pessoas, sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma. Jesus Cristo é uma só Pessoa em duas naturezas distintas, porém unidas.
3.9. Aspectos Médicos da Crucificação de Jesus Cristo

Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu?

EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturar

Latim: ex: “sobre, por causa de” / cruciar: “cruz; por causa da cruz”
O tom dessa apresentação poderá ser melhor resumida dentro da palavra “excruciar”, (a raiz da palavra “cruciante”) a qual se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes em Latim da palavra são:”ex”, que significa por causa de ou sobre, e “cruciar”, que significa cruz. A palavra “excruciar” vem do Latim para “por causa de, ou sobre, a cruz”. (Websters)

Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos lugares em Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de Jerusalém. Na última ceia, Ele disse aos discípulos que Seu corpo e Seu sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26-29) Saindo Ele da cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de volta para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por Anás, antigo sumo sacerdote, e Caifás, genro de Anás. Posteriormente, Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi declarado culpado de blasfêmia ao se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena de morte. Sendo que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele foi mandado a

Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não encontrando nada de errado, mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressão da multidão, então ordenou que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente conduzido para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário.
A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO

É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento que Ele enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um carpinteiro e viajando por toda a região durante Seu ministério requeria que Ele estivesse em boas condições físicas. Antes da crucificação, entretanto, Ele foi forçado a andar 4 quilômetros depois de uma noite sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis julgamentos, foi escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e foi abandonado por seus amigos e seu Pai. (Edwards)
O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR

O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a Ultima Ceia, Aonde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu corpo e sangue seria dado.(Mateus. 26:17-29) Hoje em Jerusalém, qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo ou Cenaculum (latim para sala de jantar), um quarto que esta construído sobre onde acredita-se ser o local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção da velha cidade.
GETSÊMANE: prensa de óleo
E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão. “o Espirito de Deus… esmagado” (Lucas 22:44).

Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade aonde passou algum tempo em oração no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas antigas árvores de oliva, algumas delas podem ter crescido das raízes das árvores que estavam presentes na época de Jesus. (Todas as árvores em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos conquistaram a cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e viver por milhares de anos.) O nome “Getsêmane”, vem do Hebreu Gat Shmanim, significa “prensa de óleo” (Kollek). Desde que “óleo” é usado na Bíblia para simbolizar o Espirito Santo, pode-se dizer então que o jardim é onde “o Espirito de Deus foi esmagado”. (Missler). Era aqui que Jesus agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que este é o único lugar na Bíblia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra “agonia” é mencionada. (Strong’s Concordance) A palavra Grega para agonia significa “empenhado em combate” (Pink) Jesus agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que Ele está ao ponto de morrer (Marcos 14:34). Contudo Ele orava, “Não se faça a minha vontade, mas a tua.”

De importância médica, é que Lucas menciona Ele tendo suado sangue. O termo médico para isto, “hemohidrosis” ou “hematidrosis” tem sido visto em pacientes que experimentaram extremo stress ou choque nos seus sistemas. (Edwards) Os capilares em volta dos poros suados tornam-se frágeis e começam a pingar sangue no suor. Um caso na história é descrito em que uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira guerra mundial, desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na casa vizinha a dela. (Scott)

Outro relatório menciona uma freira que, ao estar ameaçada de morte pelas espadas dos soldados inimigos, “estava tão aterrorizada que ela sangrava por toda parte do seu corpo e morreu de hemorragia na presença de seus atacantes.”(Grafenberg) Em memorial ao sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em Getsêmane é conhecida como a Igreja da Agonia. (também chamada de Igreja das Nações porque muitas nações doaram dinheiro para sua construção).(Kollek)
ABANDONADO PELOS HOMENS

Mateus 26:56b: “Então todos os discípulos, deixando-o fugiram.”

Salmos 22:11: “Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda.”

Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos Judeus. Todos os seus discípulos o abandonaram, até mesmo ao custo de ter que correr nu (Marcos 14:51-52). Ele é preso (João 18:12) então levado de volta para a cidade e para corte do Sumo Sacerdote, aonde é localizada perto do Cenáculo.

Pr.Raul
Pr.Raul
Pastor do Ministério Nascido de Novo e coordenador do Seminário Teológico Nascido de Novo, Youtuber e marido da Irmã Vanessa Ângelo.

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